O muito aguardado “Triângulo da Tristeza” do realizador sueco Ruben Östlund, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cannes este ano, tem estreia marcada nos cinemas a 13 de Outubro.
Depois de “Força Maior” (2014), comédia de observação sobre o papel do homem na vida familiar moderna, e “O Quadrado” (2017), sátira sobre os media e o mundo das arte, também premiada com a Palma de Ouro em Cannes e nomeada para Globo de Ouro e Óscar de Melhor Filme Internacional em 2018, o realizador sueco explora a questão do poder e a inversão de papéis e classes, uma nova comédia desinibida.
Os modelos Carl (Harris Dickinson) e Yaya (Charlbi Dean) movimentam-se no mundo da moda, enquanto exploram os limites da sua relação. O casal é convidado para fazer um cruzeiro luxuoso na companhia de um conjunto de “infames” passageiros riquíssimos, um oligarca russo, um traficante de armas inglês e um capitão idiossincrático e alcoólico, dado a citações de Marx, interpretado por Woody Harrelson.
Parece o cenário perfeito para muitas publicações Instagram. Mas durante o esmeradíssimo Jantar do Comandante, uma tempestade avoluma-se e os passageiros sofrem um intenso enjoo.
O cruzeiro termina de forma catastrófica. Carl e Yaya vêem-se encalhados numa ilha deserta com alguns dos multimilionários e uma das empregadas de limpeza da embarcação. A hierarquia sofre repentinamente uma reviravolta, já que a empregada é a única que sabe pescar.
Do elenco fazem parte nomes como Harris Dickinson, Charlbi Dean, Woody Harrelson, Vicki Berlin, Henrik Dorsin, Zlatko Burić, Jean-Christophe Folly, Iris Berben, Dolly De Leon, Sunnyi Melles, Amanda Walker, Oliver Ford Davies, Arvin Kananian, Carolina Gynning e Ralph Schicha.
A produção está a cargo da Plattform Produktion, com co-produção de Essential Films, Coproduction Office, Sveriges Television, ZDF/Arte, Arte France Cinéma e TRT Sinema.
Ruben Östlund nasceu em 1974 e cresceu numa ilha na costa oeste da Suécia. Estudou na Universidade de Gotemburgo, onde conheceu Erik Hemmendorff, com quem fundou mais tarde
a Plattform Produktion.
O primeiro filme de Östlund, “The Guitar Mongoloid” (2005), ganhou o Prémio FIPRESCI no Festival de Moscovo. Todas as suas longas-metragens subsequentes estrearam em Cannes, começando pela sua segunda longa “Involuntary” (2008), que foi exibida em Un Certain Regard.
Östlund ganhou o Urso de Ouro em Berlim com a sua curta-metragem “Incidente By a Bank” (2010). Esta curta-metragem deu-lhe a oportunidade de experimentar técnicas e estilo. Essa experimentação tornar-se-ia evidente na sua terceira longa-metragem “Play” (2011), também estreada em Cannes, na Quinzena dos Realizadores, e vencedora posteriormente do Nordic Film Prize (o prémio escandinavo mais importante).
A sua quarta longa-metragem, “Força Maior” (2014), estreou na secção Un Certain Regard e ganhou o Prémio do Júri. Também foi nomeada para um Globo de Ouro e indicada para um Óscar. Östlund voltou a Cannes com a sua quinta longa-metragem “O Quadrado” (2017), seleccionada para a Competição Oficial e vencedora da Palma de Ouro. “O Quadrado” foi ainda nomeado para um Globo de Ouro e para um Óscar.
“Triângulo da Tristeza” é o sexto filme de Ruben Östlund, conhecido pelos seus retratos bem-humorados e exactos do comportamento social humano, e a sua segunda Palma de Ouro no prestigiado Festival de Cannes. Estreia a 13 de Outubro nos cinemas.