Variety destaca o crescimento da plataforma Filmin Portugal

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O site norte-ameircano Variety publico um longo artigo a destacar o crescimento e sucesso da plataforma de streaming Filmin Portugal, que durante o período de confinamento devido à COVID-19 triplicou o número de subscritores em comparação com o ano passado.

“Crescemos em três meses tanto quanto prevíamos para dois anos”, disse a diretora da Filmin Portugal, Anette Dujisin, à Variety. Parte responsável desse crescimento deveu-se em grande medida aos filmes clássicos que estão incluídos no catálogo da Filmin.

Com mais de 1500 filmes no seu catálogo, a Filmin Portugal é a plataforma de streaming no país com mais filmes independente e clássicos de cinema.

Desde o seu lançamento, em 2016, que a Filmin Portugal tem vindo apostar na aquisição de clássicos do cinema, como no cinema soviético, neorealismo italiano (Roberto Rossellini e Luchino Visconti), cinema japonês (Kenji Mizoguchi e Yasujirō Ozu), cinema francês (Jacques Tati, Jean-Luc Godard e Agnès Varda) e ainda obras de cineastas como Satyajit Ray, Ingmar Bergman, Wim Wenders e Luís Buñuel.

Segundo Dujisin “uma plataforma VOD dedicada ao cinema independente não está completa sem um determinado conjunto de filmes clássicos (…) Portanto, desde o início, temos feito esforços para trazer filmes clássicos para a plataforma.” A Filmin depende sobretudo de distribuidores locais, que fornecem 95% do seu catálogo.

“Até à nossa parceria com a distribuidora de Paulo Branco, da Leopardo Filmes, éramos muito pobres em filmes clássicos”, explicou Dujisin. “Foi através do seu catálogo e do seu trabalho com filmes clássicos que conseguimos aumentar o nosso catálogo de filmes clássicos.”

“Também estamos a intensificar a nossa colaboração direta com distribuidores internacionais juntamente com a Filmin Espanha, a fim de ampliar o nosso catálogo de filmes clássicos”, acrescentou.

O artigo da Variety refere ainda que o maior desafio tem sido a aquisição de clássicos do cinema português. “É um problema real e estamos numa espécie de impasse. O problema não é a digitalização das cópias, mas sim os detentores dos direitos”.

“Em alguns casos, a Filmin conseguiu adquirir filmes por meio de colaborações com distribuidores. Recentemente, lançou seis filmes de José Fonseca e Costa depois de uma parceria com a Alambique Filmes, que adquiriu à família alguns dos filmes mais antigos e populares do cineasta.

“Em outros casos, é mais complicado. A maior parte dos direitos das obras de João César Monteiro e Manoel de Oliveira, por exemplo, são do grupo de comunicação português NOS, que possui serviços de TV paga e OTT e cinemas e não colabora com plataformas VOD de menor dimensão como a Filmin, disse Dujisin.”

“Outros clássicos portugueses são do Instituto do Cinema e do Audiovisual (ICA), que também não colabora com a Filmin, segundo Dujisin.”

Na entrevista da Variety à diretora da Filmin Portugal, é adiantado que a Filmin está em conversações com a Cinemateca Portuguesa que está a desenvolver a sua própria plataforma de VOD.

A plataforma vai lançar sete filmes de Akira Kurosawa em dezembro e prevê lançar ainda obras de Jean Renoir e Alain Resnais em 2021, juntamente com outros filmes.

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