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Cannes 2013: Dia 7

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Cannes 2013: Dia 7

Terminou mais um dia do Festival de Cannes, o sétimo dia, onde se destacaram as estreias de dois filmes em competição, ambos bastante apreciados pela crítica: “Behind the Candelabra”, de Steven Soderbergh e “La Grande Bellezza”, de Paolo Sorrentino. O primeiro, “Behind the Candelabra”, filme biográfico inspirado na vida do pianista virtuoso Valentino Liberace, artista exuberante nos concertos e na televisão, conta no elenco com Matt Damon, Michael Douglas e Rob Lowe. “Pianista clássico desde a sua infância, Valentino Liberace voltou-se rapidamente para o mundo dos nightclubs e do entertainment. Para captar melhor o personagem, o realizador quis rodar nos lugares autênticos em que o artista passou a sua vida: de Palm Springs a Las Vegas, passando pelo seu apartamento de Los Angeles.”. O filme foi aplaudido após a projeção e a interpretação de Michael Douglas foi bastante elogiada. Para o The Guardian, “o filme é mordaz, inteligente e eficaz. Acrescentar ainda que é um entretenimento de luxo elevado pelo excelente Damon e Douglas. Quatro estrelas de cinco.”; para o The Hollywood Reporter, “o filme é fabuloso com uma descrição maravilhosa de uma pessoa que se esconde sob o glamour e fama efêmera”; e para a Variety, este “é o melhor filme de Soderbergh da última década”.

 

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O segundo filme em competição, “La Grande Bellezza”, o retrato sem complacência de uma burguesia italiana (senhoras da aristocracia, novos-ricos, políticos, criminosos de alto nível, jornalistas, atores, nobres decadentes, prelados, artistas e intelectuais) corroída pelo tédio, é o que trata o novo filme do italiano Paolo Sorrentino, que regressa a Cannes dois anos depois de This Must Be The Place. Paolo Sorrentino acerca da génese do seu filme: “Conheço Roma há já um certo tempo. Fui lá para trabalhar e depois mudei-me para lá. Tive a oportunidade de recolher muitas anedotas sobre a burguesia e os saraus romanos. AGrande Bellezza é o testemunho deste mundo. Mas é a ideia da personagem de Toni que me levou a realizar este filme. Para mim, a pobreza não se conta, vive-se. É por esta razão que o filme não mostra uma pobreza material. Mostra o vazio. Procurei ver o que se esconde atrás do empobrecimento aparente do nosso país. Este filme trata da beleza da vida”. A crítica gostou do filme (“um filme colossal, sabor rançoso e um poder técnico impressionante”), apesar de não ter sido uma admiração unânime. Para o The Guardian, “é um filme extraordinário. Uma sátira ao nível de ‘La Dolce Vita'”; para a Sight & Sound, o filme “é uma meditação barroca sobre a beleza, o envelhecimento, a vida e a morte. Uma maravilhosa carta de amor a Roma”. Assim, estes dois filmes são dois fortes candidatos à Palma de Ouro da 66ª edição.

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