O Curtas Vila do Conde – Festival Internacional de Cinema divulgou hoje, em conferência de imprensa, a sua completa programação da 25ª edição a realizar-se entre 8 a 16 de julho, no Teatro Municipal de Vila do Conde.
“Para qualquer festival de cinema, quer seja português ou estrangeiro, cumprir um quarto de século de programação sem interrupções é facto assinalável. Durante estes vinte e cinco anos, o Curtas Vila do Conde procurou divulgar e promover o cinema contemporâneo, mostrá-lo e discuti-lo durante a mais cinéfila das semanas à beira-mar. Já não temos conta das sessões, dos realizadores, das noites ou dos espectadores que passaram por cá, mas sabemos que foram imensos e das mais diversas proveniências. Acreditamos que ajudamos a antecipar o futuro do cinema, mostrando as suas diversas facetas ou mesmo as suas contradições: novos espaços, novos formatos, novas experiências. É também por causa dessa diversidade que o programa do 25º Curtas Vila do Conde olha para trás e para a frente, procurando fundir o passado com o futuro.”
O Curtas Vila do Conde cria um programa especial para comemorar o 25º aniversário, lançando um livro que reúne 25 textos de reflexão, memória e ficção inspirados na experiência dos seus autores no Curtas Vila do Conde. Os 25 textos são assinados por 25 personalidades ligadas a áreas como o cinema, a música, o jornalismo e a literatura, como por exemplo, João Lopes (crítico de cinema), Valter Hugo Mãe (escritor), Manuela Azevedo (Clã), Jorge Mourinha (jornalista), Adolfo Luxúria Canibal (Mão Morta), Miguel Gomes (realizador), Paulo Furtado (The Legendary Tigerman), Rui Poças (diretor de fotografia), entre outros.
A muito aguardada Competição Nacional, composta por 16 filmes, reúne os últimos trabalhos de cineastas como: “Altas Cidades de Ossadas” de João Salaviza, “Coup de Grâce” de Salomé Lamas, “Où En Êtes-Vous João Pedro Rodrigues?” de João Pedro Rodrigues, “Os Humores Artificiais” de Gabriel Abrantes e “Coelho Mau” de Carlos Conceição.
A Competição Internacional procura dar a conhecer o que de mais importante e cativante tem surgido no cinema contemporâneo, permitindo acompanhar as mais recentes obras de realizadores já consagrados, como Jia Zhangke, Ben Rivers, Yann Gonzalez, Hu Wei, Laura Poitras ou a dupla Caroline Poggi e Jonathan Vinel, e também descobrir novos talentos emergentes como Laura Ferrés, Jonathas de Andrade ou Toru Takano.
Dedicada a desafiar as convenções cinematográficas, a Competição Experimental apresenta uma seleção de 24 curtas-metragens, em que se destacam autores como Lois Patiño, Rosa Barba (vencedora da última edição desta competição), Ken Jacobs, Christoph Girardet, Siegfried A. Fruhauf, Bill Morrison, Vivian Ostrovsky ou Jay Rosenblatt. Assinala-se também a presença dos portugueses Tânia Dinis e Miguel Ildefonso. A Competição de Vídeos Musicais continua a celebrar o formato, numa sessão com trabalhos surpreendentes de artistas e bandas portuguesas. Já a competição Take One!, voltará a dar a conhecer os talentos saídos das escolas de cinema. Esta competição premiou, em anos anteriores, os primeiros trabalhos de cineastas como João Salaviza e Leonor Teles.
O certame arranca com a mais recente obra do finlandês Aki Kaurismäki, “O Outro Lado da Esperança”. Estreado no último Festival de Berlim, o filme acompanha as desventuras de um jogador de póquer finlandês com um refugiado. Esta exibição está integrada na secção Da Curta À Longa, que acompanha o percurso de cineastas que passaram pelo festival, e que apresentará mais três aguardados filmes: “Certain Women”, de Kelly Reichardt, “Mariphasa” de Sandro Aguilar e “24 Frames” de Abbas Kiarostami.
A 25ª edição do Curtas vai contar ainda com encontros e debates com realizadores, workshops, concertos, sessões de cinema abertas ao público e uma exposição fotográfica retrospetiva de realizadores portugueses: “A Glória de Fazer Cinema em Portugal” de Manuel Mozos. Para assinalar esta data especial, o Curtas Vila do Conde promove, na noite de 13 de julho, uma festa de aniversário com um concerto dos Sensible Soccers seguido de um Dj set do coletivo Os 7 Magníficos. A secção Stereo, onde a música se funde com o cinema, recebe espetáculos de Mão Morta, Capitão Fausto, Pega Monstro, Evols, Chassol e Atlantic Coast Orchestra.
Para a sessão de encerramento serão exibidos dois filmes: a mais recente curta de Mark Rappaport, “The Empty Screen” (autor em foco em 2016) e o primeiro filme de F.J. Ossang, “La Derniere Enigme” (autor In Focus nesta edição).
Competição Nacional
Água Mole, de Laura Gonçalves e Xá
Altas Cidades de Ossadas, de João Salaviza
Cedrim, de Diogo Vale
Coelho Mau, de Carlos Conceição
Coup de Grâce, de Salomé Lamas
Das Gavetas Nascem Sons, de Vítor Hugo
Farpões Baldios, de Marta Mateus
Longe da Amazónia, de Francisco Carvalho
O Homem Eterno, de Luís Costa
Os Humores Artificiais, de Gabriel Abrantes
Où En Êtes-Vous João Pedro Rodrigues?, de João Pedro Rodrigues
Soltar, de Jenna Hasse
A Sonolenta, de Marta Monteiro
Surpresa, de Paulo Patrício
Thursday Night, de Gonçalo Almeida
Verão Saturno de Mónica Lima
Competição Internacional
À Discrétion, de Cedric Venail (França)
After School Knife Fight, de Caroline Poggi, Jonathan Vinel (França)
All The Leaves Are Brown, de Daniel Robin (EUA)
Alle Kleinen Körper, de Jennifer Reeder (Alemanha)
Après Le Volcan, de Léo Favier (França)
Ce Qui Nous Éloigne, de Hu Wei (França)
Copa-Loca, de Christos Massalas (Grécia)
Dear Renzo, de Agostina Galvéz, Francisco Lezama (Argentina/EUA)
Estás Vendo Coisas, de Bárbara Wagner, Benjamin de Burca (Brasil)
Everything, de David OReilly (EUA/Irlanda)
Greetings From Aleppo, de Thomas Vroege, Issa Touma, Floor van der Meulen (Síria/Holanda)
I Like Girls, de Diane Obomsawin (Canada)
Ježeva Kuć, de Eva Cvijanović (Canada/Croácia)
Koropa, de Laura Henno (França)
La Bouche, de Camilo Restrepo (Colombia)
Le Cri Du Lambi, de Vincent Toi (Canada)
Les Îles, de Yann Gonzalez (França)
Los Desheredados, de Laura Ferrés (Espanha)
Manodopera, de Loukianos Moshonas (Grécia)
Min Börda, de Niki Lindroth Von Bahr (Suécia)
Nada, de Gabriel Martins (Brasil)
Nuestra Amiga La Luna, de Cesar Velasco Broca (Espanha)
O Peixe, de Jonathas De Andrade (Brasil/EUA)
Pépé Le Morse, de Lucrèce Andreae (França)
Project X, de Laura Poitras, Henrik Moltke (EUA)
Retouch, de Kaveh Mazaheri (Irão)
Slapper, de Luci Schroder (Austrália)
Studies on the Ecology of Drama, de Eija-Liisa Ahtila (Finlândia)
Summer Camp Island, de Julia Pott (EUA/Coreia)
Terrain Vague, de Latifa Said (França/Portugal)
Tesla: Lumière Mondiale, de Matthew Rankin (Canada)
The Full Story, de Daisy Jacobs (Reino Unido)
The Hedonists, de Jia Zhang Ke (China)
Tres Oraciones Sobre La Argentina, de Nele Wohlatz (Argentina)
Urth, de Ben Rivers (Reino Unido)
What Happened To Her, de Kristy Guevara-Flanagan (EUA)
Nijyudai No Natsu, de Toru Takano (Japão)
Take One!
Cigarro Azul, de Ricardo Vieira Lisboa
De Gente Se Fez História, de Inês Pinto Vila Cova
De Madrugada, de Inês de Lima Torres
Delphine Aprisionada, de Ricardo Pinto de Magalhães
Entropia, de Pedro Antunes, Valentina Rodrigues
From Vincent’s House In The Borinage, de José Fernandes
Ico, de Patricia Vidal Delgado
Isto Não É Uma Oliveira, de Carlos Alberto Castanho Arteiro
Lenta Combustão, de Joana Carneiro Reis
Limoeiro, de Joana Silva
Registo De Nascimento, de Matilde Calado
Sendas, de Raquel Felgueiras
Fonte: Curtas Vila do Conde