Festa do Cinema Italiano 2024: “Ainda Temos o Amanhã”, filme sobre emancipação feminina, abre festival

Ainda Temos o Amanhã (C'è ancora domani), realizado por Paola Cortellesi Ainda Temos o Amanhã (C'è ancora domani), realizado por Paola Cortellesi
Ainda Temos o Amanhã (C'è ancora domani), realizado por Paola Cortellesi

O filme “Ainda Temos o Amanhã (C’è ancora domani)”, realizado pela atriz e realizadora Paola Cortellesi, é o filme de abertura da 17.ª edição da Festa do Cinema Italiano, que decorre de12 a 21 de abril, no Cinema São Jorge, no UCI El Corte Inglés, na Cinemateca Portuguesa – Museu do Cinema e, pela primeira vez, no recentemente reaberto Cine-Teatro Turim, em Benfica.

“Ainda Temos o Amanhã (C’è ancora domani)” é uma obra sobre emancipação feminina que conquistou a bilheteira de Itália, tendo superado em 2023 o blockbuster Barbie” nas salas de cinema. O filme é “uma obra íntima e poderosa, que aborda o papel das mulheres na democracia com grande profundidade e sensibilidade.”, como refere em comunicado a organização do festival italiano.

A italiana Paola Cortellesi é uma atriz, comediante e apresentadora de televisão, que se estreou na realização com este filme “surpreendente, original e transcendente, que entra pela porta da frente no pódio da história do cinema italiano, por ser o 9.º filme mais visto de sempre.” O filme tem a sua antestreia nacional a 12 de abril, às 21h30, no Cinema São Jorge, em Lisboa.

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“Esta é a história de Delia (interpretada pela própria Cortellesi) esposa de Ivano e mãe de três filhos. Ela aceita a vida que lhe foi destinada – esposa e mãe -, no entanto, a chegada de uma carta misteriosa desperta a sua coragem para desafiar o destino e imaginar um futuro melhor, não apenas para si mesma. Unindo a commedia all’italiana a um neorealismo pop, a realizadora presta um tributo aos feitos extraordinários de muitas mulheres comuns que, sem suspeitarem, contribuíram para a construção de uma sociedade mais igualitária.”, lê-se na sinopse.

Depois de ter ganho vários prémios, “Ainda Temos o Amanhã”, cujos direitos para o remake norte-americano foram adquiridos por Lady Gaga, estreia nas salas de cinema portuguesas a 9 de maio.

Para além de Lisboa, a 17.ª edição da Festa do Cinema Italiano estende-se a várias cidades portuguesas, entre elas: Almada (8, 15, 22, 28 e 29 de maio), Alverca (12 e 13 abril), Aveiro (22 e 23 abril), Barreiro (14 a 21 abril),  Beja (28 e 29 de maio), Coimbra (2 a 5 maio), Évora (24 a 26 maio), Figueira da Foz (11 a 13 de maio), Funchal (2 a 5 de maio), Lagos (14 a 17 de maio), Leiria (17 a 19 de junho), Loulé (1 e 2 de junho), Penafiel (12 a 18 de abril), Porto (8 a 11 de maio), SardoalSetúbal (26 a 28 abril), entre outras a anunciar brevemente.

O programa deste ano conta com duas retrospetivas que comemoram os 50 anos do 25 de Abril de 1974. Uma intitula-se de “O outro 25 de Abril / L’altro 25 Aprile, que pretende celebrar a Festa da Libertação em Itália, ou o 25 de abril de 1945,” e que exibirá filmes como “Roma, Cidade Aberta” (1945) ou “O Conformista” (1970); a segunda retrospetiva, “Sem Censura – Sucessos do Cinema Italiano no pós 25 de Abril”, pretende ser uma celebração da ligação entre Itália e Portugal no que diz respeito ao cinema, à liberdade, e à liberdade para ver e fazer qualquer tipo de cinema.

Retrospetiva O outro 25 de Abril / L’altro 25 Aprile
Roma, Cidade Aberta (1945), de Roberto Rossellini
Gli sbandati (1955) de Francesco Maselli
Tão Amigos que Nós Éramos (1974) de Ettore Scola
Uma Vida Difícil (1961) de Dino Risi,
Una questione privata (2017) de Paolo Taviani,
Inês deve morrer (1976) de Giuliano Montaldo
La donna nella resistenza (1965) de Liliana Cavani
All’armi siam fascisti (1962) de Cecilia Mangini, Lino Del Fra e Lino Miccichè
O Conformista (1970) de Bernardo Bertolucci

Retrospetiva Sem Censura – Sucessos do Cinema Italiano no pós 25 de Abril
Feios, Porcos e Maus (1976), de Ettore Scola
Que Viva a Revolução (1974), de Paolo e Vittorio Taviani
Profondo Rosso (1975), de Dario Argento
Salon Kitty, O Bordel dos Nazis (1975), de Tinto Brass
Malícia (1973), de Salvatore Samperi

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