25 de Abril

Caminhos do Cinema Português: 29.ª edição olha para o passado com ânsia de futuro

"2720", de Basil da Cunha "2720", de Basil da Cunha
"2720", de Basil da Cunha

O Festival Caminhos do Cinema Português regressa para a sua 29.ª edição entre os dias 10 a 18 de novembro com sessões em Coimbra, Mealhada (CineTeatro Messias) e Penacova (Auditório Municipal de Penacova).

A Cidade de Coimbra é o núcleo onde se realizarão as sessões das Secções Competitivas, no Teatro Académico de Gil Vicente e na Casa do Cinema de Coimbra, com atividades paralelas a decorrer no Auditório Salgado Zenha e no Convento de São Francisco.

No TAGV são projetadas as Seleções Caminhos, dedicada a toda a cinematografia nacional de produção e coprodução profissional, e Ensaios, que promove filmes produzidos em contexto académico.

Na primeira, destaca-se ao trabalho mais recente de Leonor Teles, “Baan”, presente no último Festival de Locarno e vencedor do prémio de Melhor Filme no Festival de Reiquiavique.

Destaque ainda para “A Primeira Idade”, de Alexander David, e “Vadio” de Simão Cayatte, “Great Yarmouth – Provisional Figures”, de Marco Martins, “O Bêbado”, de André Marques, “Rosinha e Outros Bichos do Mato”, de Marta Pessoa, sem esquecer Pessoa em “Não Sou Nada”, de Edgar Pêra.

Na Seleção Ensaios encontram-se produções provenientes do universo académico, colocando-se lado a lado a produção nacional e internacional, com destaque para a participação de filmes de instituições locais.

Apostando no alargamento da formação de públicos, a programação do festival passa também pelo Cineteatro Messias, na Mealhada, e pelo Auditório Municipal de Penacova.

Empenhado em alargar as possibilidades do cinema português em chegar aos diversos públicos da região centro, o festival compromete-se com a exibição tanto uma seleção dos filmes em competição com as secções Caminhos Júniores, dedicado às crianças em idade pré-escolar e do 1.º ciclo de ensino, e os Caminhos Juvenis em que será exibida a longa-metragem de Edgar Pêra “Não Sou Nada”.

A sessão de abertura acontece no dia 10 de novembro, às 21:30, no Teatro Académico de Gil Vicente, com a projeção de “Os Toiros Na Faina Agrícola Ribatejana”, de Adolfo Coelho, “Figueira da Foz, Rainha das Praias Portuguesas”, de Manuel Santos, “Vinho do Porto”, de Adriano Ramos Pinto e “S. Miguel, 1924 – Um Filme De Família”, de Charles Mallet, quatro filmes representativos da cultura popular portuguesa, acompanhados e reinterpretados por uma cine-performance de Ana Lua Caiano.

Nos dias 16 e 17 novembro, a Casa do Cinema de Coimbra recebe ainda o Turno da Noite, que inclui filmes independentes de conotação marginal e explícita, sempre a partir da meia-noite.

Apresentará uma sessão de curtas-metragens de terror, com “Paralisia”, de Inês Monteiro, e “Monsieur Sachet”, de Mathieu Girard; e uma segunda com “Catboy”, de Xaho e “New Kings on the Block”, de Erika Lust.

Durante as manhãs, a mesma sala recebe grupos escolares nos Caminhos Júniores, as sessões de cinema de animação dedicadas aos mais novos. Também na Casa do Cinema, o festival aposta em masterclasses com profissionais de renome do panorama cinematográfico nacional. Nos dias 16 e 17, juntam-se criadores e produtores no programa Incentivar, um espaço de diálogo que procura promover a produção cinematográfica na Região Centro.

No último dia do festival, e em parceria com a Universidade Aberta, acontece ali o VII Simpósio Fusões no Cinema, evento que explora as confluências entre o cinema e a educação, enfatizando a sétima arte como veículo para a pedagogia e a inovação digital.

No 7.º piso do mesmo edifício, no  abandonado Estúdio 1, propõe-se, com vista para a cidade, uma viagem expositiva pelas antigas as salas de cinema da cidade de Coimbra.

Entre 13 e 17 novembro, tem lugar o poder das representações, um ciclo de cinema sobre violência sexual, com conversas com realizadores/as e uma mesa-redonda que aprofundam os aspetos multifacetados deste tema premente e as suas representações no cinema contemporâneo. Este ciclo decorrerá no Auditório Salgado Zenha, em parceria com o Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra.

Ao longo desta semana de festival, as noites terminam no Atelier A Fábrica, num ambiente informal de convívio entre profissionais e público em geral.

O festival encerra no dia 18 novembro, pelas 21:30, na Sala D. Afonso Henriques da Antiga Igreja do Convento de São Francisco, com a entrega de prémios e um espetáculo de Hélder Bruno, compositor, pianista e musicólogo que explora a tradição da música erudita ocidental e as linguagens pop, no dia 18 de novembro, pelas 21:30.

No total, são exibidos 156 filmes (80 sessões e cerca de 87 horas de programação), selecionados entre mais de 700 candidatos. A programação completa pode ser acedida no site do Festival.

Fonte: Caminhos do Cinema Português

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