“Madrugada” estreia no Festival Internacional de Cinema de Roterdão. O mais recente filme de Leonor Noivo integra a competição do Festival Internacional de Cinema de Roterdão. É a estreia internacional de “Madrugada” e o regresso da realizadora ao festival holandês.
A decorrer entre 26 de janeiro e 6 de fevereiro, o International Film Festival Rotterdam selecionou “Madrugada”, de Leonor Noivo, para a Ammodo Tiger Short Competition. A curta-metragem venceu o Prémio de Melhor Filme da Competição Nacional do último Curtas Vila do Conde, e estreia agora internacionalmente na 51ª edição do festival de cinema holandês.
A seleção marca também o regresso de Leonor Noivo ao festival de Roterdão, que já havia selecionado duas obras da cineasta portuguesa em edições anteriores — “Setembro“, em 2017, e “Tudo o que imagino“, em 2018.
“Madrugada” foi produzido pela Terratreme Filmes e conta com a distribuição da Agência da Curta Metragem.
A CRIANÇA, primeira longa-metragem de Marguerite de Hillerin e Félix Dutilloy-Liégeois, produzida por Paulo Branco e Juan Branco, integra a Selecção Oficial em Competição, a Tiger Competition, a mais importante do festival.
Nesta adaptação livre do conto “Der Findling“, de Heinrich von Kleist (que está publicado em Portugal com o título “O Órfão“, numa tradução de José Maria Vieira Mendes), Hillerin e Dutilloy-Liégeois, também autores do argumento, transportam o filme para o século XVI português. Lisboa é uma cidade cosmopolita, onde o apogeu de um poder que a expansão trouxera se começa a esboroar, ao mesmo tempo que se instala a rigidez de uma Inquisição cada vez mais prepotente. Perto de Lisboa, Bela (João Arrais), um adolescente adoptado por um casal franco-português de abastados negociantes, vive uma intensa história de amor com Rosa (Inês Pires Tavares) e uma história de amizade com Jacques (Loïc Corbery), amigo dos pais adoptivos. Bela tenta encontrar o seu lugar, mas uma sucessão de acontecimentos (causados por equívocos e ambiguidades, ou pelo ciúme…), conduzem ao desastre.

A CRIANÇA é a mais recente produção da Leopardo Filmes (em co-produção com a Alfama Films e a RTP) e conta com um elenco onde pontuam muitos dos melhores actores e actrizes portugueses, entre eles João Arrais, Inês Pires Tavares, Alba Baptista, Maria João Pinho, Albano Jerónimo e João Vicente, e ainda os actores franceses Loïc Corbery (da Comédie-Française) e Grégory Gadebois (“J’accuse – O Oficial e o Espião”, de Polanski, e “Correu Tudo Bem”, de Ozon). A fotografia é de Mário Barroso e os décors de Zé Branco.

O filme chegará às salas de cinema em Portugal a 10 de Fevereiro, e estreia-se em França a 13 de Abril.
Outro filme a ter estreia internacional, a par da “Madrugada” de Leonor Noivo, é o filme “Becoming Male in the Middle Ages”, de Pedro Neves Marques.
Já Ágata de Pinho vai apresentar “Azul” na secção de “Curta & Média duração”, um filme de 20 minutos que o festival descreve como “uma estreia de mestre”. Na mesma secção, o escritor e realizador angolano Ondjaki mostra “Vou mudar a cozinha”, descrito por Roterdão como um “monólogo poético” de uma jovem viúva assombrada pela Guerra Civil de Angola.
Também nessa categoria vai estar “As sacrificadas”, de Aurélie Oliveira Pernet, coprodução luso-suíça da GoldenEggProduction com a Primeira Idade (“A Metamorfose dos Pássaros”) que retrata uma mulher e a sua mãe num campo português devastado pelos incêndios, segundo a sinopse.
Na secção “Cinema Recuperado”, que apresenta “clássicos restaurados, documentários sobre cultura cinematográfica e explorações da herança do cinema”, vai ser exibido o histórico “Sambizanga”, da francesa Sarah Maldoror, sobre a Guerra de Independência de Angola, e que teve retrospectiva na edição passada do Festival IndieLisboa.
Também Edgar Pêra iria levar aos Países Baixos o seu “Kinorama“, depois da sua retrospectiva no Festival de Roterdão na passada edição.