Óscares 2024: Candidatos portugueses a melhor filme internacional

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“Nayola”, a primeira longa de José Miguel Ribeiro

A Academia Portuguesa de Cinema revelou hoje os quatro filmes nomeados para a votação do candidato de Portugal à categoria de Melhor Filme Internacional na 96.ª edição dos Óscares, que se realiza a 10 de março de 2024.

Entre as 35 longas-metragens elegíveis, o comité de pré-seleção, composto pelos membros da Academia Portuguesa de Cinema, Ana Rocha de Sousa (realizadora), Clara Agapito (Clara Diaz-Bérrio) (montadora), David Bonneville (realizador), Fátima Ribeiro (guionista) Frederico Serra, (produtor), Isabel Abreu (atriz), José António Loureiro (diretor de fotografia), Manuel Mozos (realizador), Miguel Guilherme (ator), e Mina Andala (atriz), selecionou: “Légua”de Filipa Reis e João Miller Guerra, “Nayola”, de José Miguel Ribeiro, e “Mal Viver” e “Viver Mal”, ambos de João Canijo.

O processo de seleção passará agora por um período de votação entre os membros da Academia Portuguesa de Cinema, que decorre de 15 de agosto a 12 de setembro, até à revelação do filme selecionado, que será anunciado a 14 de setembro. A 96.ª edição dos Óscares acontece no dia 10 de março de 2024, em Hollywood, Los Angeles.

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“Légua”, produzido pela Uma Pedra no Sapato em co-produção com Laranja Azul (Portugal), KG Productions (França) e Stayblack Productions (Itália), estreado na 55.ª Quinzaine des Cinéastes do Festival de Cannes, é uma “ficção sobre três gerações de mulheres ocupadas em cuidar de uma propriedade senhorial abandonada pelos donos citadinos.”.

“Nayola”, produzido pela Praça Filmes, é a primeira longa-metragem de animação de José Miguel Ribeiro, com história da autoria de Virgílio Almeida baseada no texto para teatro da autoria conjunta dos escritores Mia Couto e José Eduardo Agualusa, intitulado “A Caixa Preta”. O filme conta a história de três gerações de mulheres – Lelena (a avó), Nayola (a filha) e Luana (a neta) – durante os 25 anos da guerra civil de Angola.

“Mal Viver” e “Viver Mal”, o díptico de João Canijo, com produção da Midas Filmes, que deu a Canijo o Urso de Prata – Prémio do Júri no Festival de Berlim 2023, pelas duas obras. “Mal Viver” conta a história de uma família de cinco mulheres que herdaram um hotel e que o tentam salvar da ruína, vivendo nele um conflito antigo e irresolúvel durante um fim de semana, enquanto os clientes vão e vêm. Se em “Mal Viver” o foco é a família dona do hotel e as suas relações frágeis, à beira do colapso, “Viver Mal” é um espelho desse filme, invertendo-se a perspetiva para os clientes do hotel, que no primeiro eram quase fantasmas, figurantes, passando a ter agora o papel de protagonistas neste segundo filme.

 

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