Francisco Manso e João Correa juntam-se para a realização de um filme de época, intitulado de “O Cônsul de Bordéus”. Em estilo biográfico o filme, escrito por António Torrado e João Nunes, pretende prestar homenagem ao herói português Aristides de Sousa Mendes (interpretado por Vítor Norte). Esta figura histórica foi tão ou mais importante que Oskar Schindler, pois também salvou bastantes judeus que fugiam da perseguição nazi em Bordéus (França), daí ser muitas vezes chamado como “o Schindler português”.
A produção esteve ao cargo da Take 2000 e teve um orçamento que rondou os três milhões de euros e contou com produção de Portugal, Espanha e Bélgica. Do elenco fazem parte ainda Leonor Seixas, Laura Roveral, Pedro Cunha, Carlos Paulo. “O Cônsul de Bordéus” já passou por alguns festivais internacionais, na Índia, Israel, Suíça e abriu, em março, o 7º Festival Internacional de Cinema de Muscat, em Omã.
Sinopse: Alexandra Schmidt, uma jornalista portuguesa vai até Viana do Castelo para entrevistar o maestro brasileiro Francisco de Almeida, que se vai reformar. Aí confronta-o com o seu verdadeiro nome, Aaron Apelman. A curiosidade da jornalista leva o maestro a recordar uma série de eventos passados no longínquo mês de Junho de 1940, quando, aos 10 anos de idade, e ainda com esse nome, foi salvo da perseguição nazi pela acção do cônsul de Portugal em Bordéus, Aristides de Sousa Mendes. O cônsul, por esses dias, é um homem dividido: sabe que os refugiados hebreus, em número cada vez maior, precisam de vistos para alcançar Portugal e daí partir para o Novo Mundo; mas tem as mãos tolhidas pela famigerada Circular 14, de Salazar, que proíbe a emissão de vistos a judeus. A pressão do rabino Krueger e a força das convicções católicas do próprio Sousa Mendes acabam por levar a melhor. O cônsul decide desobedecer à Circular 14 de Salazar, que proíbe a emissão de vistos a judeus…
“O Cônsul de Bordéus” estreia nos cinemas portugueses a 8 de novembro.
Artigo atualizado a 14/07/2012.