25 de Abril

80 anos de “O Pequeno Príncipe”: 2 adaptações memoráveis

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No dia 6 de abril de 1943, o aclamado escritor, aviador e aristocrata francês Antoine de Saint-Exupéry fez história ao lançar simultaneamente em inglês e francês sua obra mais famosa, intitulada “Le Petit Prince” (conhecida mundialmente como “Pequeno Príncipe”). A história mágica e poética de um jovem príncipe viajando de planeta em planeta, aprendendo lições valiosas sobre a vida e o amor, conquistou os corações de leitores ao redor do mundo.

 

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Durante a Segunda Guerra Mundial, Saint-Exupéry foi exilado na América do Norte, lutando contra turbulências pessoais e problemas de saúde. Mesmo assim, ele produziu quase metade de suas obras mais marcantes, incluindo o emocionante conto sobre solidão, amizade, amor e perda, em forma de um jovem príncipe que caiu na Terra.

Em abril de 1943, Saint-Exupéry deixou os Estados Unidos e entregou o manuscrito à sua companheira, a jornalista Sylvia Hamilton, que posteriormente o vendeu à Morgan Library & Museum em Nova York, 25 anos depois. “O Pequeno Príncipe” é uma das obras literárias mais traduzidas do mundo, tendo sido publicada em mais de 220 idiomas.

A história do “Pequeno Príncipe” também foi adaptada mais de 17 vezes para o cinema e TV em diferentes países. A primeira adaptação foi um longa-metragem lançado em 1966, produzido na União Soviética. Em comemoração ao 80º aniversário desta grande obra, o Cinema Sétima Arte selecionou algumas das adaptações cinematográficas disponíveis.

 

Confira:

 

“O Pequeno Príncipe” (1974), de Stanley Donen

O filme “O Pequeno Príncipe”, realizado por Stanley Donen em 1974, apresenta um enredo que tem a capacidade de encantar e cativar o público. Embora não possua a mesma qualidade de suas obras anteriores, como “Serenata à Chuva” e “Cinderela em Paris”, o filme possui um ponto positivo que é a atuação brilhante do jovem Steven Warner.

No entanto, a tentativa de incluir elementos realistas e fantásticos no filme não é completamente bem-sucedida, deixando o enredo um pouco desconexo em alguns momentos.

Além disso, a falta de coesão e adaptação ao momento cinematográfico prejudica a obra. O argumento de Alan Jay Lerner ainda consegue criar momentos satisfatórios de diálogo e canções, mas não consegue criar uma conexão satisfatória entre eles. A representação dos personagens do livro não é totalmente adequada, o que pode desagradar os fãs da obra original.

Apesar disso, o filme ainda tem seus próprios encantos e beleza única, com momentos de magia e beleza que podem encantar o espectador, especialmente aqueles que o assistem com olhos inocentes.

 

“O Pequeno Príncipe” (2015), de Mark Osborne

A nova adaptação do clássico “O Pequeno Príncipe” não busca ser uma mera transposição da história das páginas para as telas, mas sim uma releitura poética e terna, respeitosa à obra original.

Nessa versão, o Príncipe que vive em um pequeno planeta e se sente sufocado por sua exigente rosa é acompanhado por uma garotinha que já se comporta como adulta devido à pressão da mãe para ser bem-sucedida. Quando a dupla se muda para o lado de um antigo aviador, é ele quem mostra à jovem vizinha o mundo lúdico da infância, narrado por páginas soltas com a história do Pequeno Príncipe e desenhos de aquarelas idênticos aos do livro, incluindo a caligrafia dos textos, que é uma réplica da letra de Saint-Exupéry.

O brilho do filme reside nos trechos em stop-motion, que se entrelaçam com a narração da jovem protagonista. A arte em papel é uma verdadeira maravilha, realçando a sofisticação da produção e atraindo não só a atenção dos pequenos, mas também dos espectadores mais velhos. É um deleite para os olhos e a imaginação.

Essa nova abordagem traz frescor à obra, sem perder sua essência.

 

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