Queer Lisboa 2015: Programa

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Foi divulgado hoje o programa completo do Queer Lisboa – Festival Internacional de Cinema Queer, que decorrerá de 18 a 26 de setembro, no Cinema São Jorge, em Lisboa, no Cinema São Jorge. A edição 19 do Queer Lisboa conta com um total de 76 filmes, provenientes de 34 países, sendo que desses países a Alemanha e a França são os mais representados, com 12 filmes cada um. Portugal conta com um total de oito filmes programados.

O Brasil é um dos países com maior destaque no Queer Lisboa 19, com a exibição de oito filmes deste país, e com a presença em Lisboa de Filipe Matzembacher, Marcio Reolon e Tavinho Teixeira. O Brasil será também representado na Sessão de Abertura, com o filme “Praia do Futuro” (Brasil, Alemanha), realizado por Karim Aïnouz. Nome maior do Cinema Queer atual, o cineasta brasileiro estará presente em Lisboa para apresentar o seu filme. “Praia do Futuro” é protagonizado pelo célebre ator Wagner Moura, que interpreta um nadador salvador de Fortaleza que deixa para trás a mãe e o irmão menor, Ayrton, interpretado por Jesuíta Barbosa, encontrando em Berlim uma nova vida.

O Queer Lisboa 19 terminará com a estreia nacional de “Eisenstein in Guanajuato” (Holanda, México, Finlândia, Bélgica), o mais recente filme do cineasta britânico Peter Greenaway, um biopic do visionário realizador russo Sergei Eisenstein e da sua misteriosa passagem pelo México.

Uma das grandes novidades da edição deste ano é a extensão do festival para a cidade do Porto. A Associação Cultural Janela Indiscreta realizará também, de 7 a 10 de outubro, a primeira edição do Queer Porto – Festival Internacional de Cinema Queer. O filme “Sangue Azul”, realizado por Lírio Ferreira e protagonizado por Daniel de Oliveira, será o filme da Sessão de Abertura. O Queer Porto 1 tem lugar no Teatro Municipal Rivoli, Maus Hábitos, Mala Voadora e Galeria Wrong Weather.

Novidade é também a introdução de uma vertente formativa, este ano com workshops de Marc Siegel (programador da Berlinale) e de Gustavo Vinagre. Marc Siegel vai dar o workshop “How Do I Look (Now)?”, onde irá falar da nova tendência do Cinema Queer em olhar para fora da sua realidade específica. O realizador e argumentista brasileiro Gustavo Vinagre vai discutir os limites da representação do sexo explícito no workshop “Ver ou não ver, eis a questão”, além de apresentar o filme “Nova Dubai” (Brasil), onde o sexo é utilizado como arma política contra a especulação imobiliária.

O júri da competição de longas-metragens é composto por Lia Gama (atriz), Nuno Sena (diretor do IndieLisboa) e por Roberto Olla (produtor e diretor executivo do Euroimages). O júri da competição de documentários é composto por Charlotte Lipinska (jornalista), António Câmara Manuel (diretor do Temp d’Images) e Camilo Azevedo (realizador da RTP).

Outra das grandes novidades do Queer Lisboa 19 está ligada à secção Queer Art, que este ano passa a competição, numa parceria com a Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa, patrocinadora do prémio monetário no valor de 1.000€, atribuído ao realizador do melhor filme. Destaque ainda para o filme francês “Pauline S’arrache” (França), de Émilie Brisavoine, um divertido e surpreendente olhar à própria família da realizadora, que foi um dos filmes sensação deste ano da Secção ACID (Associação do Cinema Independente para a sua Difusão), que decorre em paralelo durante o Festival de Cannes. Em Lisboa para apresentar os seus filmes estarão ainda Gemma Ferraté, realizadora de “Tots Els Camins De Déu” (Espanha), e Lior Shamriz, de “Cancelled Faces” (Alemanha, Coreia do Sul), dois dos títulos desta competição. O vencedor do Tiger Award do Festival Internacional de Cinema de Roterdão, “Videofilia (Y Otros Síndromes Virales)” (Perú), de Juan Daniel F. Molero, também integra a competição Queer Art.

À beira de assinalar os 20 anos de existência, o Queer Lisboa, aquele que é o mais antigo festival de cinema da capital, volta a ser um reflexo do lugar que o Cinema Queer ocupa hoje na indústria do cinema e na sociedade. Daí que seja transversal à programação desta 19ª edição “um olhar queer ao mundo exterior”, como refere João Ferreira, diretor artístico do festival. Este cinema passa assim “a tomar como suas questões como a crise financeira e económica, as migrações, o terrorismo, a xenofobia, a falência dos regimes democráticos, os problemas ambientais, a fome, entre inúmeros outros desafios que o mundo enfrenta neste novo século”, salienta o mesmo responsável.

Fonte: Queer Lisboa

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