Para assinalar os 471 anos da cidade de São Paulo, o filme “Ainda Estou Aqui”, realizado por Walter Salles, será exibido no dia 25 de Janeiro, numa sessão especial e gratuita ao ar livre, no jardim suspenso do Centro Cultural São Paulo (CCSP).
A projeção, organizada pela Spcine em parceria com a Secretaria de Cultura e Economia Criativa, tem início previsto para as 19h30. Os bilhetes poderão ser levantados no local uma hora antes da exibição. O Centro Cultural São Paulo (CCSP) está localizado na Rua Vergueiro, 1000, na Liberdade.
“São Paulo merece este presente! O filme é um sucesso absoluto e tem-nos enchido de orgulho com as inúmeras premiações que tem conquistado no exterior. É um momento para celebrar os nossos artistas e a nossa história! E nós, da Spcine, temos como lema a justiça audiovisual, com o objetivo de levar a experiência do cinema de forma gratuita, acessível e inclusiva para todos!”, destaca Emiliano Zapata, diretor de inovação e políticas audiovisuais na Spcine e idealizador da sessão.
Ainda Estou Aqui
Inspirado no livro homónimo de Marcelo Rubens Paiva, “Ainda Estou Aqui” transporta o espectador para o Rio de Janeiro dos anos 1970, em plena ditadura militar. O filme narra a trajetória de Eunice, interpretada por Fernanda Torres, cujo desempenho lhe garantiu o Globo de Ouro.
Mãe de cinco filhos, Eunice inicia uma incansável busca pela verdade após o desaparecimento do marido, Rubens, sequestrado por policiais à paisana. Ao longo dessa jornada, ela se transforma em advogada e activista política.
“Ainda Estou Aqui” é o representante brasileiro na corrida por uma vaga na categoria de Melhor Filme Internacional dos Óscares 2025, com os nomeados a serem anunciados a 23 de Janeiro. No fim-de-semana passado, o filme conquistou o prémio de Melhor Filme Internacional no Festival Internacional de Cinema de Palm Springs.
Segundo os jurados, o filme foi laureado por “transmitir o horror da ditadura pela perspectiva íntima de uma mãe que defende não só a sua família, mas também a sua dignidade. Evocando a gravidade da violência sem recorrer ao melodrama, o realizador Walter Salles consegue capturar com precisão e intensidade um momento crítico da nossa história.”