Terminou hoje a 21ª edição do Festival Caminhos do Cinema Português com a cerimónia de entrega dos prémios, que decorreu em Coimbra. O Júri da Selecção Caminhos atribuiu ao documentário “Irmãos”, de Pedro Magano, o Grande Prémio do Festival Portugal Sou Eu. Conquistou ainda o prémio de Melhor Montagem (Ricardo Teixeira). “Yvone Kane” arrecadou quatro prémios, Melhor Longa-Metragem, Melhor Atriz (Beatriz Batarda), Melhor Direcção Artística (Ana Vaz) e Melhor Fotografia (João Ribeiro). A trilogia de Miguel Gomes, “As Mil e Uma Noites” conquistou também quatro prémios, Melhor Realizador, Melhor Argumento Original, Melhor Argumento Adaptado e Melhor Atriz Secundária.
Na categoria de Melhor Ensaio Visual o premiado foi “Lingo”, de Vicente Niro, pela pertinência do tema, seu tratamento e qualidade técnica e impacto dramático que toca a qualquer espectador. Já como primeiro vencedor na categoria de Melhor Ensaio Internacional o júri distinguiu “When Sanam Cried”, de Majid Sheyda e Fariborz Ahanin, devido ao impacto emotivo, sempre equilibrado com a tecnicidade da realização.
O Prémio de Imprensa ao Melhor Filme foi atribuído ao documentário de Manuel Mozos, “João Bénard da Costa: Outros Amarão As Cosias Que Eu Amei”, devido ao diálogo contínuo de uma paixão cinéfila materializado num sentido estético reverente ao próprio amor pelo Cinema. Manuel Mozos venceu ainda as Menções Honrosas de Melhor Documentário pelo filme de “João Benárd da Costa” e por “A Glória de Fazer Cinema em Portugal”. O Júri de Imprensa decidiu também atribuir uma menção honrosa ao filme “Torre”, de Salomé Lamas.
Foram mais de 150 filmes em competição, que com a abertura da Selecção Ensaios a submissões internacionais proporcionou o visionamento de obras de cerca de trinta países. As sessões competitivas do festival, Caminhos e Ensaios, totalizaram mais de trinta sessões, oferecendo ao público de Coimbra um verdadeiro caleidoscópio de identidades e possibilidades diferentes de fazer cinema.
Ainda hoje à noite, pelas 21h30, irá decorrer a cerimónia de encerramento no Teatro Académico de Gil Vicente, onde serão exibidos os filmes “Yvone Kane” e “A Última Árvore Analógica”. No sábado é ainda possível assistir às ultimas sessões do II Simpósio Internacional Fusões no Cinema e na rua Visconde da Luz continuará patente até dia 15 de dezembro a exposição Os Anos d’Ouro do Cinema Português.
Grande Prémio do Festival Portugal Sou Eu
Irmãos, de Pedro Magano
Melhor Longa-Metragem
Yvone Kane, de Margarida Cardoso
Melhor Documentário
Gipsofilia, de Margarida Leitão
Menções Honrosas
João Bénard da Costa: Outros Amarão As Cosias Que Eu Amei, de Manuel Mozos
A Glória de Fazer Cinema em Portugal, de Manuel Mozos
Prémio Imprensa
João Bénard da Costa: Outros Amarão As Cosias Que Eu Amei, de Manuel Mozos
Melhor Curta-Metragem Turismo do Centro
A Última Árvore Analógica, de Jorge Pelicano
Melhor Curta-Metragem Recheio
Que Dia É Hoje, do Colectivo Fotograma 24
Menção Honrosa
Vigil, de Rita Cruchinho Neves
Prémio D. Quijote
Assalto, de João Tempera
Prémio Ensaio Visual
Lingo, de Vicente Niro
Prémio Ensaio Internacional
When Sanam Cried, de Majid Sheyda e Fariborz Ahanin
Melhor Realizador
Miguel Gomes, por As Mil e Uma Noites
Melhor Argumento Original
Miguel Gomes, Mariana Ricardo e Telmo Churro, por As Mil e Uma Noites
Melhor Argumento Adaptado
Miguel Gomes, Mariana Ricardo e Telmo Churro, por As Mil e Uma Noites
Melhor Ator
Filipe Duarte, em Cinzento e Negro
Melhor Ator Secundário
Carlotto Cota, em Montanha
Melhor Atriz
Beatriz Batarda, em Yvone Kane
Melhor Atriz Secundária
Luísa Cruz, em As Mil e Uma Noites
Melhor Direcção Artística
Ana Vaz, por Yvone Kane
Melhor Fotografia
João Ribeiro, por Yvone Kane
Melhor Guarda Roupa
Isabel Quadros, por Capitão Falcão
Melhor Caracterização
João Rapaz, por Arcana
Melhor Montagem
Ricardo Teixeira, por Irmãos
Melhor Som
Hugo Leitão, por Portugal – Um Dia de Cada Vez
Melhor Banda Sonora Original
Mário Laginha, por Cinzento e Negro
Prémio Revelação
David Mourão, em Montanha