O Dia Mundial da Água é uma celebração global criada pela Organização das Nações Unidas (ONU) em 22 de março de 1992, com o objetivo de conscientizar a população sobre a importância desse recurso natural vital para a sobrevivência da humanidade e de todas as formas de vida no planeta Terra.
A data foi criada para chamar a atenção quanto a necessidade de preservar e gerir de forma sustentável os recursos hídricos do mundo, promover o acesso à água potável e saneamento básico, além de incentivar práticas responsáveis de consumo e gestão de água.
Água para todos
Quando a água é escassa ou poluída, ou quando as pessoas têm acesso desigual ou nenhum acesso, podem aumentar as tensões entre comunidades e países.
Mais de 3 mil milhões de pessoas em todo o mundo dependem da água que atravessa as fronteiras nacionais. No entanto, apenas 24 países têm acordos de cooperação para toda a água partilhada.
À medida que os impactos das alterações climáticas aumentam e as populações crescem, há uma necessidade urgente, dentro e entre países, de nos unirmos em torno da protecção e conservação do nosso recurso mais precioso.
A saúde pública e a prosperidade, os sistemas alimentares e energéticos, a produtividade económica e a integridade ambiental dependem de um ciclo da água que funcione bem e seja gerido de forma equitativa.
Tema de 2024
O tema do Dia Mundial da Água de 2024 é “Água para a Paz”.
Quando cooperamos no domínio da água, criamos um efeito cascata positivo – promovendo a harmonia, gerando prosperidade e construindo resiliência aos desafios partilhados.
Devemos agir com base na compreensão de que a água não é apenas um recurso a ser utilizado e pelo qual se compete – é um direito humano, intrínseco a todos os aspectos da vida.
Neste Dia Mundial da Água, todos precisamos de nos unir em torno da água e de usá-la para a paz, lançando as bases para um amanhã mais estável e próspero.
Nesse contexto, aproveitamos para oferecer algumas sugestões cinematográficas pertinentes ao tema.
“Rango” (2011), de Gore Verbinski
A narrativa de “Rango” desenrola-se como um autêntico western protagonizado por um lagarto que sonhava ser ator. Sua jornada tem início quando ele inadvertidamente cai de seu aquário, parando no meio de uma estrada deserta. Perambulando sob o sol escaldante, ele finalmente alcança uma pequena cidade onde a lei parece não existir e uma séria escassez de água assola os habitantes. Determinado, o lagarto assume a missão de restituir a água aos moradores sedentos.
“A Idade do Gelo 2” (2006), de Carlos Saldanha
O segundo filme da franquia “A Idade do Gelo”, intitulado “A Idade do Gelo 2: Descongelados”, aborda o derretimento das calotas polares e as repercussões do aquecimento global na vida de Manny, Diego e Sid.
“Mad Max: Estrada da Fúria” (2015), de George Miller
No reboot “Mad Max: Estrada da Fúria”, a trama desenrola-se em um mundo pós-apocalíptico onde a humanidade está à beira da extinção devido a guerras nucleares. A água tornou-se um recurso extremamente escasso, acessível apenas aos mais fortes e poderosos, como o vilão Immortan Joe. Em uma cena marcante, ele adverte: “Nunca se tornem dependentes da água, meus amigos. Vocês sentirão sua falta mais do que imaginam”.
“Waterworld” (1995), de Kevin Reynolds
Na realidade, em “Waterworld”, o recurso mais abundante é a água. O grande desafio reside no fato de que a maior parte dela não é potável, transformando a água própria para consumo em um tesouro inestimável. Com os oceanos cobrindo a Terra após o derretimento das calotas polares, a falta de tecnologia para purificar a água torna-se um problema crucial. Nesse contexto, Mariner interpretado por Kevin Costner é obrigado a recorrer à água reciclada de sua própria urina devido à escassez de opções.
“007 – Quantum of Solace” (2008), de Marc Forster
Em “007 – Quantum of Solace”, o icónico agente secreto embarca em uma missão para capturar um vilão que, de acordo com informações confiáveis, estaria interessado no petróleo. No entanto, James Bond (Daniel Craig) logo descobre que o verdadeiro objetivo do vilão é orquestrar um golpe na Bolívia, visando assumir o controle das reservas de água do país. Essa trama reflete conflitos políticos reais relacionados à água, semelhantes aos que ocorrem em alguns países da Ásia Central e da África nos dias atuais.
“Interstellar” (2014), de Christopher Nolan
O filme retrata a batalha pela sobrevivência da humanidade em meio à exaustão dos recursos naturais do planeta Terra. Cooper (Matthew McConaughey) é encarregado da missão de explorar o universo em busca de novos planetas adequados para a colonização humana. Embora grande parte da narrativa se concentre em outros aspectos, o filme traz à tona a reflexão sobre as sérias consequências do consumo indiscriminado da água e como as mudanças climáticas podem impactar a vida no planeta.
“O Livro de Eli” (2010), de Albert Hughes e Allen Hughes
“O Livro de Eli” desenrola-se em um mundo pós-apocalíptico, apresentando um futuro no qual os recursos naturais foram totalmente esgotados. Com a água sendo vendida a peso de ouro, um grupo liderado por um sinistro sobrevivente tenta reconstruir uma sociedade em torno dos escassos recursos que restaram.