25 de Abril

«Não» – O poder da publicidade

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“Não” é a última parte da trilogia sobre a ditadura de Augusto Pinochet, no Chile, assinada por Pablo Larraín. O realizador revela-nos agora os bastidores da campanha “Não”, e todos os mecanismos e planos usados pelo marketing e publicidade para derrubarem do poder o ditador.

Esta é uma história curiosa que merecia de facto ser contada pelo cinema, sobre o plebiscito que, em 1988, pôs fim a uma ditadura de 15 anos, imposta por Pinochet. De forma bastante criativa e arrojada o publicitário René Saavedra (Gael Garcia Bernal) consegue surpreender todos com as suas ideias de uma boa campanha publicitária. Criando uma campanha extremamente positiva sobre o Chile, e digamos no espirito da Coca-Cola ou Pepsi, conseguem vencer a campanha do “Sim”. “Não, não queremos Pinochet no poder, queremos voltar à democracia e liberdade que foram adquiridos por Salvador Allende”. É um pouco neste ambiente que se vive o filme. Este que aliás é inteiramente filmado com uma U-Matic dos anos 80 e recorrendo a material de arquivo. Todo o filme, num estilo à anos oitenta assemelha-se a um canal televisivo da época, pois vão surgindo ao longo do filme vários anúncios publicitários da altura. Assim, entendemos melhor a importância da publicidade, a sua verdade e poder sobre a sociedade.

“Não” é um retrato sério e humanista sobre um dos períodos mais importantes da história do Chile. Com breves emoções, consegue fazer justiça àqueles que lutaram pela liberdade naquele país.

jH,ViiLyZIftdwI2EdfAHJL0 3Realização: Pablo Larraín

Argumento: Pedro Peirano

Elenco: Alfredo Castro, Antonia Zegers, Gael García Bernal

Chile/2012 – Drama

Sinopse: Em 1988, devido à pressão internacional, o ditador militar chileno Augusto Pinochet foi forçado a convocar um referendo sobre a sua presidência. O país votaria “sim” ou “não” sobre se Pinochet deveria ou não governar por mais oito anos. Os líderes da oposição, juntos pelo não, persuadiram um jovem e impertinente publicitário, René Saavedra, a liderar a sua campanha. Contra todas as expectativas, com escassos recursos e sob o escrutínio dos esbirros do déspota, Saavedra e a sua equipa criaram um plano audacioso para ganhar a eleição e libertar o Chile.

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