“The Last Showgirl” marca uma viragem na carreira de Pamela Anderson

O drama de Gia Coppola devolve a Pamela Anderson a atenção e o mérito que há muito estavam adormecidos
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"The Last Showgirl" (2023), de Gia Coppola

Após anos afastada dos holofotes, Pamela Anderson parece estar a reencontrar o caminho para o reconhecimento artístico.

A atriz, que se tornou um ícone cultural nos anos 1990 ao interpretar “C.J.” Parker em Baywatch” (1992–1997) e imortalizou a sua imagem em capas da revista Playboy, viu a sua carreira marcada por polémicas pessoais e projectos cinematográficos de recepção morna.

No entanto, no último ano, a norte-americana viu a vida sorrir-lhe novamente. Na actual temporada de prémios, tem-se destacado pela sua performance no drama The Last Showgirl”, realizado por Gia Coppola, uma actuação que lhe valeu inúmeros elogios e nomeações.

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Dentre essas nomeações, a mais importante ocorreu no passado domingo (5), durante a cerimónia dos Globos de Ouro, quando concorreu ao prémio de Melhor Atriz em Filme de Drama, ao lado de nomes de peso como Tilda Swinton, Kate Winslet, Nicole Kidman, Angelina Jolie e a vencedora da noite, Fernanda Torres.

Este reconhecimento marca um momento de viragem na sua carreira, devolvendo-lhe a atenção e o mérito que há muito estavam adormecidos.

O sucesso não lhe sobe à cabeça

No final do ano passado, durante uma conversa com Marc Malkin, da Variety, no almoço dedicado aos nomeados pela primeira vez ao Globo de Ouro, no Montage, em Beverly Hills, Anderson revelou que começa a sentir os efeitos do seu ressurgimento na indústria.

Sem mencionar nomes, referiu que “muitos grandes realizadores” elogiaram o seu trabalho na produção de Gia Coppola, o primeiro grande projecto dramático da sua carreira.

“É emocionante, porque quero continuar a trabalhar”, afirmou a atriz.

Na mesma ocasião, confessou que, apesar de todos os elogios e da atenção recebida, não está a deixar que isso lhe suba à cabeça.

“Vou fingir que pertenço a este lugar”, comentou Anderson. “É tudo tão surreal. Às vezes, acordo no meio da noite e penso: ‘Sou nomeada aos Globos de Ouro — como é que isto aconteceu?'”

Segurança

Ela também partilhou com Malkin que está a sentir-se mais segura à medida que a temporada de prémios avança.

“Está a melhorar, mas ainda é um pouco difícil entrar nessas salas e ver pessoas que admiro há tanto tempo”, contou. “Você estende a mão, aperta a mão delas e tem uma conversa. É assustador e difícil, mas é emocionante. Estou a desafiar-me a fazer isso.”

O tempo é uma ilusão

Durante a conversa, Anderson também reflectiu sobre o tempo que passou desde os primeiros momentos da sua carreira: “O tempo é uma ilusão. Às vezes parece que foi apenas um dia entre Baywatch e agora. É difícil pensar em quanto tempo se passou. O que estava a fazer nessas últimas décadas? E agora estou aqui? Novamente, é tudo muito surreal, mas estou muito feliz de estar aqui neste momento.”

Por fim, como em todas as suas entrevistas, fez questão de dar créditos à sua colega de elenco, Jamie Lee Curtis, pelo apoio e orientação que lhe tem dado. “Ela é uma força”, concluiu Anderson.

The Last Showgirl

“The Last Showgirl segue a história de Shelley (Anderson), uma dançarina experiente, agora na casa dos 50 anos, que se vê forçada a repensar o seu futuro após o inesperado fim de um espectáculo que a acompanhou durante três décadas.

Sentindo-se perdida, Shelley tenta encontrar o seu caminho. Como mãe, o foco passa a ser a tentativa de reconectar-se com a sua filha, uma relação que foi marcada por dificuldades, muitas vezes deixada de lado devido à sua entrega ao mundo do espectáculo.

A produção de Gia Coppola estreia em Portugal a 16 de Janeiro.

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