Em 1995, a Pixar criou um filme que viria a revolucionar o modo de se fazer Animação. “Toy Story”, foi o primeiro filme de animação feito totalmente em computadores. Esta nova tecnologia já vinha sendo usada há alguns anos, mas foi com “Toy Story” que ela se expandiu. A partir deste surgiram muitos mais filmes em digital, como: “Uma Vida de Insecto” (1998 ), “Toy Story 2″ (1999), “À Procura de Nemo” (2003), “The Incredibles” (2004), “Ratatui” (2007), “Wall-E” (2008 ), “Up – Altamente” (2009) e agora, “Toy Story 3”. Todos estes filmes foram realizados pela Pixar, mas muitos outros estúdios utilizaram a mesma tecnologia, como: “A Fuga das Galinhas” (2000, da Aardman), “Shrek” (2001, da DreamWorks), “Idade do Gelo” (2002, da 20 Century Fox), “Madagáscar” (2005, da DreamWorks) e “Happy Feet” (2006, da Kingdom Feature Productions).
Nesta nova aventura do Toy Story, o Andy, já com dezassete anos, vai para a Universidade. Como já não brinca com os seus brinquedos preferidos, estes, acabam por ir parar a um infantário, por engano. No início, todos parecem gostar do infantário e das novas crianças. Todos, menos Woody, que afirma ser um brinquedo de Andy e tenta voltar para junto deste. Entretanto, os outros brinquedos rapidamente se apercebem de que o infantário não é um lugar tão bom como pensavam. Woody tem que optar por ir ter com o seu dono Andy, de quem tanto gosta, ou por ir salvar os seus amigos.
Passados quinze anos, a Pixar cria “Toy Story 3”, um filme muito aguardado pelos fãs de Woody e Buzz. Todas as crianças que viram pela primeira vez, “Toy Story” cresceram, tal como o Andy que vai agora para a faculdade e tem de abandonar a sua infância. Estas crianças, que são agora jovens adultos, vêem-se na personagem de Andy. Durante a infância todos brincamos com os nossos brinquedos e, à medida que vamos crescendo largamo-los, guardando apenas aqueles que mais gostamos. A temática central desta saga de Toy Story foi sempre a infância e a amizade. Os géneros desta saga são o de aventura, de comédia e algum drama, à mistura. “Toy Story 3” é um filme cheio de emoções alegres e tristes. A Pixar cria, agora, uma história mais sentimental, mais emotiva, capaz de levar lágrimas aos olhos, quer em adultos, quer em crianças. Neste filme, aprendemos o quão importante é preservarmos os nossos brinquedos, mesmo que não os usemos, e o significado da partilha. É interessante ver como a Pixar apostou numa narrativa mais adulta, num filme directamente vocacionado para crianças, pelo facto de todos estes aspectos abordados, só serem compreendidos na sua totalidade, pelos mais velhos. Isto porque só estes é que já passaram por aquilo que o Andy está a passar neste momento, e por isso, o compreendem.
Depois de “Toy Story” e “Toy Story 2” a tecnologia evoluiu bastante e a qualidade da imagem do “Toy Story 3” também. Tudo parece mais real, com pormenores muito bem feitos nos bonecos e com uma boa fotografia. A excelente realização (Lee Unkirch), com óptimas escolhas de planos, a boa narrativa e a bela banda sonora de Randy Newman fazem deste filme de animação uma magnífica obra cinematográfica, digna de estar ao lado dos grandes da 7ª arte. O que prova,cada vez mais, que os filmes de animação para crianças, são também para adultos e que devem ser vistos e apreciados por todos. “Toy Story 3” já atingiu resultados de bilheteira impensáveis em todo o mundo, muito elogiado pela critica e pelo público em todo o mundo. É certamente um forte candidato aos Óscares de Melhor Filme de Animação de 2010, que se realizarão em 2011. Este filme é, para já, um dos melhores filmes do ano. A Pixar, mais uma vez, faz “magia” no cinema!
Realização: Lee Unkrich
Argumento: Michael Arndt
Elenco:
EUA/2010 – Animação
Sinopse: Os criadores dos filmes “Toy Story” reabrem a caixa de brinquedos e trazem de volta aos espectadores o mundo encantador de Woody, Buzz e do gangue de personagens favoritas em Toy Story 3.