A vida do “Barão Vermelho” já foi adaptada ao cinema várias vezes, sendo a última versão, em 2008, “Der rote Baron”, realizada e escrita por Nikolai Mullerschon. Um filme alemão com um orçamento de 18 milhões de euros, que passou a ser um dos filmes mais caros da história do cinema alemão. Apesar deste avultado orçamento, o filme não teve muito sucesso na Alemanha.
Manfred von Richthofen, ou seja, o “Barão Vermelho”, como era conhecido, foi um piloto alemão da 1ª Guerra Mundial que venceu oitenta combates aéreos, sendo ainda hoje considerado o “ás dos ases”. Neste nova versão cinematográfica, a acção passa-se na Europa, em 1916. O jovem Richthofen é um militar bem sucedido, tornando-se um ícone para todos os soldados no campo de batalha. Richthofen com ideias inovadoras decide modificar os aviões da Força Aérea Alemã, tornando-se temível e venerado na 1ª Grande Guerra. Mas, rapidamente, se apercebe através do amor que sente por uma enfermeira que, para este jovem alemão, a guerra não é uma questão de honra, mas sim, um acto bárbaro que mata aqueles que lhe são próximos.
Esta versão cinematográfica do “Barão Vermelho” é fraca pela má qualidade do argumento e pelo facto de ser falado em inglês. O filme perdeu bastante impacto e coerência ao colocar as personagens todas a falarem em inglês. A certa altura da história, vemos um alemão a falar com um britânico em inglês, como se fosse perfeitamente normal, como só existisse uma língua no mundo. Por outro lado, vemos uma cena de cerca de um minuto, com umas crianças a falarem em francês. Faria muito mais sentido as personagens adoptarem as suas línguas originais, ou seja, o alemão, o inglês e o francês. A realização é razoável, com boas cenas de combate aéreo e com alguns bons planos das trincheiras. A fotografia é bonita, mas nada de novo, é muito usada neste tipo de filmes, de guerra.
Um dos pontos fortes deste filme é o facto de ser um filme sobre a 1ª Guerra Mundial e de esta ser vista por outra perspectiva, a do céu, ou seja, a visão dos pilotos. Não há muitos filmes sobre esta temática e os que existem, são sempre sobre o ponto de vista dos soldados de trincheira. Com este filme passamos a ver a guerra sobre outra perspectiva, ficamos com uma pequena ideia de como eram os combates aéreos nessa altura e da coragem necessária para se ser um bom piloto. Vemos também a relação do imperador alemão Guilherme II com a nobreza e a sua participação directa no conflito. Embora este filme seja bastante fraco, ao nível técnico, é interessante vê-lo pela sua temática.
Realização: Nikolai Mullerschon
Argumento: Nikolai Mullerschon
Elenco:
Alemanha/2008 – Biografia
Sinopse: Europa, 1916. Com espírito de aventura, o jovem Manfred von Richthofen, como milhares de outros homens, segue rumo à guerra. Ele é um célebre piloto, e com os seus amigos, torna-se ícone para todos os soldados no campo de batalha. Eles possuem o seu próprio código de honra, caracterizado pela ambição e por uma obsessão pela tecnologia. Modificam os seus aviões, decorando-os. O avião de Mandred chega a tornar-se temível e venerado na I Guerra Mundial. Mas depressa se apercebe através do seu amor, que a guerra não é uma questão de honra, é um acto bárbaro que pode custar a vida daqueles que lhe são próximos.