«Robin Hood» – Um outro olhar sobre a lenda de Robin Hood

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O Robin dos Bosques regressa ao grande ecrã,desta vez com Russell Crowe no papel do lendário fora-da-lei que roubava aos ricos para dar aos pobres. Hollywood já fez várias adaptações de Robin Hood, sendo que Errol Flyn, Douglas Fairbanks e Kevin Costner são alguns dos mais célebres Robin dos Bosques do cinema. Ridley Scott realiza agora uma nova versão,«Robin Hood» com, Russell Crowe, Cate Blanchett, William Hurt e Max von Sydow. A dupla de Scott e Crowe já é comum no cinema e funciona sempre muito bem, «Gladiador» (2000), «O Corpo da Mentira» (2008 ), «Gangster Americano» (2007) e «Um Ano Especial» (2006). Ridley Scott tinha como objectivo contar a origem da lenda de Robin Hood. Para isso baseou-se em factos históricos, fazendo com que esta versão de Robin Hood, seja mais verosímel.

A acção passa-se no século XIII, em França, na última batalha do Rei Ricardo Coração de Leão, em que este morre. Robin Hood e os seus companheiros vêem-se obrigados a passar-se por cavaleiros, levando consigo a coroa do Rei, para chegar a Inglaterra. Robin foi incumbido de devolver a espada de um cavaleiro ao pai, Sir Walter Loxley (Max von Sydon), velho e cego, e a sua nora e agora viúva Marion (Cate Blanchett). Entretanto o conselheiro do agora rei João (Oscar Isaac) prepara uma conspiração na corte, juntamente com o rei de França. O objectivo é criar uma guerra civil por todo o pais. Robin Hood vai tentar unir os barões do Norte.

Como se verifica, esta história é bem diferente da que estamos acostumados a ver. Sendo que este é, sem dúvida, o ponto forte do filme. Nunca antes o Robin Hood foi tão levado a sério, nunca houve uma história que contasse como se tornou Robin Hood uma lenda. Todas as outras versões de Robin Hood foram sempre levadas para a comédia e o romance, entre Robin e Lady Marion. Neste novo Robin Hood temos um Ricardo Coração de Leão mais frio, a imagem que o filme passa é a de que possivelmente sempre foi, a de um rei que usava Deus como pretexto para gastar todo o dinheiro que havia e deixou o país na miséria. Enquanto que nas outras versões de Robin Hood, Ricardo é visto como um bom rei, justo e amado por todos. Este filme termina onde todos os outros começam, com Robin a chegar a Inglaterra e a viver na floresta com os seus companheiros. No final deste filme, vemos Robin a ir viver para as florestas de Sherwood. É a partir daqui que vemos Robin como um fora-da-lei, onde se irá tornar num símbolo de liberdade para o seu povo.

Em termos técnicos, Ridley Scott não traz nada de novo. Um dos pontos fracos do filme é o facto de nos fazer lembrar, constantemente, «Gladiador», também do mesmo realizador. A maneira como está filmado, as cenas de luta, os diálogos, as cenas de convívio entre Robin e os seus companheiros, etc. A própria personagem de Robin está praticamente igual a Maximus do «Gladiador», a vestimenta, o corte de cabelo e mesmo as expressões do mesmo ator. Obviamente, não quero com isto dizer que o filme está mal filmado e conseguido. Pelo contrario, Ridley Scott é um excelente realizador a filmar cenas de luta e guerras. Esperava-se algo novo da parte da realização e não uma “cópia” de«Gladiador».

Assim, «Robin Hood» é um filme bom de se ver, para quem gosta das aventuras de Robin Hood ou para quem gosta da dupla de Crowe e Scott. Esta é sem dúvida a melhor versão de Robin Hood alguma vez feita.

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Realização: Ridley Sctott

Argumento: Brian Helgeland

Elenco: Russell Crowe, Cate Blanchett, William Hurt

EUA/2010 – Acção/Aventura/Drama

Sinopse: A história do herói cuja bravura perdurou na mitologia popular incendiando a imaginação daqueles que partilham do seu espírito de aventura e justiça. Na Inglaterra do século XIII, Robin e o seu grupo de saqueadores combatem a corrupção numa pequena cidade desafiando a Coroa a rectificar o balanço de poder entre o Rei e os seus subordinados. Tendo como aliada uma mulher determinada, Lady Marian, um homem de origens humildes, seja ele um herói ou um fora-da-lei, irá torna-se num símbolo eterno de liberdade para o seu povo.

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