Arranca hoje a 17.ª edição do IndieLisboa – Festival Internacional de Cinema, que devido à pandemia foi adiado da Primavera para o mês de agosto. Até 5 de setembro vão ser exibidos mais de 200 filmes, “uma programação transversal que cruza fronteiras, aproxima culturas e dá voz a movimentos que vêm marcando a história”.
A Cerimónia e Sessão de Abertura da 17.ª edição do IndieLisboa realiza-se hoje às 19h00, na Sala Manoel de Oliveira no Cinema São Jorge, com o filme “La femme de mon frère”, de Monia Chokri, da secção Silvestre.
“Em 2014, o IndieLisboa mostrou a curta Quelqu’un d’extraordinaire, a estreia na realização de Monia Chokri que conhecemos dos filmes de Xavier Dolan. A sua primeira longa metragem desenvolve, numa hilariante e inteligente comédia, o mesmo tema do filme anterior: a passagem à idade adulta de uma jovem mulher. Neste caso, Sophia (a extraordinária Anne-Élisabeth Bossé), recém doutorada que, sem perspectivas profissionais, vive (ainda) com o seu irmão mais velho.”
Neste primeiro dia serão ainda exibidos os filmes: “The Twentieth Century”, de Matthem Rankin, da secção Boca do Inferno, às 18h45; “State Funeral”, de Sergei Loznits, da secção Silvestre, às 21h00; “Billie”, de James Erskine, pertencente à secção IndieMusic, às 21h30; e o filme “Responsabilidad Empresarial”, de Jonathan Perel, da secção Silvestre, também às 21h30, na Sala 3 do Cinema São Jorge.
Nesta edição do IndieLisboa destaca-se a retrospetiva da obra do realizador senegalês Ousmane Sembène e a retrospetiva que celebra os 50 anos do Fórum da Berlinale, composta por filmes exibidos na sua primeira edição, em 1971. Na secção Silvestre o foco será na realizadora franco-senegalesa Mati Diop, que competiu com a sua primeira longa-metragem “Atlantique” no Festival de Cannes.
Seis longas e 30 curtas-metragens compõem a seleção de cinema português desta edição que conta com filmes de Catarina Vasconcelos, Catarina Mourão, Basil da Cunha, Flávio Gonçalves, Julio Alves, João Fazenda, David Pinheiro Vicente, Ana Maria Gomes, Francisco Queimadela e Mariana Caló.
Na competição de longas será exibida “A Metamorfose dos Pássaros”, primeira longa-metragem de Catarina Vasconcelos e que foi exibida este ano na Berlinale; “O Fim do Mundo”, de Basil da Cunha, selecionada para o festival de Locarno e que conta a história de um jovem de 18 anos que depois de passar oito anos numa instituição correcional regressa à sua casa na Reboleira. Haverá ainda as estreias mundiais de “Ana e Maurizio”, de Catarina Mourão, e “Entre Leiras”, de Cláudia Ribeiro, e da comédia romântica “A Arte de Morrer Longe”, de Júlio Alves.
As sessões ao ar livre acontecem nas habituais salas da Cinemateca Portuguesa e no Capitólio. De filmes da secção da Boca do Inferno, passando pela Competição Internacional , pela secção Silvestre, chegando até ao IndieMusic. Também na esplanada da Cinemateca, já um lugar de culto de Verão para todos os cinéfilos, acontecerão várias sessões ao ar livre, várias delas das retrospectivas Ousmane Sembène e 50 Anos Forum Berlinale. Nenhum outro local na cidade de Lisboa podia receber a projecção na tela ao ar livre de Moolaadé.