Festival Feminino estreia em Coimbra nos dias 24, 25 e 26 de Março na Casa das Artes Bissaya Barreto, na Casa do Cinema e no Salão Brazil.
Há um Batom para as mulheres que usam calças lá em casa e para as fãs da minissaia. As que fazem croché e as que não dão ponto sem nó. As que não sabem estrelar um ovo e as que fazem todos os dias omeletes sem ovos.
Há um Batom que vai bem com as que só usam sapatilhas e as que nunca descem dos saltos. As que são mais de nudes e as que são mais de tons pastel. As que têm jogo de cintura e as que põem a mão na anca.
Há um Batom perfeito para as que nasceram para ser mãe, as filhas-da-mãe e as que ficam para tia. As donas-de-casa, as donas-disto-tudo e as donas do seu nariz.
Há um Batom para todos.
Há um Batom para ti também.
Este é o manifesto do Batom, o Festival Feminino que se estreia em Coimbra em Março – nos dias 24, 25 e 26.
O Batom reúne mulheres inspiradoras, de diferentes áreas, para pensar, partilhar, agitar, intervir e mudar o lugar da mulher na sociedade. Um festival sobre o universo feminino, de e com mulheres, destinado a todas as pessoas, com uma programação que inclui conversas, workshops, teatro, arte urbana e concertos.
No dia 24 de Março, a Casa das Artes Bissaya Barreto acolhe o arranque do Batom com a inauguração da peça da artista Aheneah que vai criar uma peça única, totalmente inspirada no conceito do evento (18H00), seguindo-se um momento de debate e reflexão sobre o tema “Conversas entre Mulheres” com moderação de Rita Marrafa de Carvalho (19H00). Um espaço de conversa entre mulheres para pensar, partilhar e discutir assuntos que dizem respeito a todas as mulheres e onde todas as pessoas são convidadas a escutar e refletir.
No dia 25 de Março, no mesmo espaço, será apresentada a peça “Memórias de uma Falsificadora” da atriz e encenadora Catarina Requeijo (21H30). Nesta peça, Catarina Requeijo é Margarida Tengarrinha, talentosa artista plástica e falsificadora que viveu na clandestinidade entre 1954 e 1974, e dá voz à perspetiva das mulheres sobre a vida na clandestinidade. Antes disso, o ambiente será de dança e partilha com a DJ Cláudia Duarte no comando (18H00-21H00).
Finalmente, no dia 26 de Março, a programação Batom na Casa das Artes Bissaya Barreto, arranca com um Workshop de Escrita Criativa com a cantora e compositora Joana Espadinha (11H00) e termina com um episódio especial do programa “Fala com Ela” de Inês Meneses.
Nos dias 25 e 26 de Março, a Casa do Cinema de Coimbra conta com uma programação com curadoria do Women’s Film Festival “Olhares do Mediterrâneo” que inclui alguns dos filmes que têm sido destacados nas últimas edições do Festival, nomeadamente, vencedores de algumas das categorias que o compõem.
Sexta 25 Mar — Sessão de curtas-metragens com “Cellfie”, de Débora Mendes, “Flor de Estufa”, de Laís Andrade, “Black Mamba”, de Amel Guellaty, “37 Days”, Nikoleta Leousi, “Tuk Tuk”, de Mohamed Kheidr, que explora a questão do trabalho e precariedade no feminino.
Sábado 26 Mar — A curta-metragem “Ferrotipos” de Nüll García, coloca-nos na perspectiva de uma modelo que vai fazer uma sessão fotográfica com um fotógrafo de renome. O homem propõe tirar as fotos com o busto despido, para transmitir a insegurança provocada pela nudez. Ele quer falar de quão vulneráveis se sentem as mulheres nesta sociedade. A longa-metragem “I Am the Revolution”, de Benedetta Argentieri, conta a história de três mulheres revolucionárias do Médio Oriente, que dirigem a luta pela liberdade e igualdade de género.
No Salão Brazil será possível assistir ao espetáculo de stand up “Quem Acredita Vai” de Beatriz Gosta, no dia 24 de Março e ao concerto de Rita Vian, no dia 25 de Março.
A Casa do Cinema de Coimbra termina março celebrando o cinema protagonizado no feminino. Além de recebermos a primeira edição do Festival Batom, um evento que reúne mulheres inspiradoras, de diferentes áreas, para pensar, partilhar, agitar, intervir e mudar o lugar da mulher na sociedade, promovemos a exibição de vários filmes que se debruçam sobre o que é ser mulher, a sua relação com a maternidade e a sua condição na vida em sociedade.
Apresentamos na programação dos próximos dias obras protagonizadas por atrizes cujo desempenho fundamental nas histórias das mulheres que representam lhes galardoou importantes distinções em festivais de renome, bem como a nomeação a vários dos Óscares.
“A Pior Pessoa do Mundo”, de Joachim Trier, filme nomeado aos Óscares de Melhor Filme Estrangeiro e Melhor Argumento Original, que tem no papel principal a atriz Renate Reinsve, vencedora do Prémio de Melhor Atriz no Festival de Cannes 2021. Em exibição às 15h00 de 24 (quinta) e 30 (quarta) de Março. (Re)leia a nossa crítica.
Mães Paralelas”, de Pedro Almodóvar, com Penélope Cruz, candidata ao Óscar de Melhor Atriz, no papel de Janis que conhece Ana (Milena Smit) num quarto de uma maternidade, quando estão prestes a dar à luz. Em exibição nos próximos dias 24 (Quinta às 21h30), 25 (sexta às 18h00), 26 (sábado às 21h30) e 30 de Março (quarta às 18h00). (Re)leia a nossa Opinião.
“A Filha Perdida”, o primeiro filme de Maggie Gyllenhaal, candidato aos Óscares de Melhor Argumento Adaptado, e de Melhor Atriz e Melhor Atriz Secundária para Olivia Colman e Jessie Buckley, respetivamente. Em exibição nos dias 25 (Sexta às 21h30) e 26 de Março (sábado às 18h00). (Re)Leia as nossas críticas.
A Casa do Cinema de Coimbra abre a sua bilheteira 30 minutos antes de cada sessão e situa-se no piso 0 das Galerias Avenida na Av. Sá da Bandeira.