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Ao contrário da Disney, Pixar não planeia fazer remakes em live-action

Neste momento, alto escalão rejeita totalmente a ideia
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Quando Stephen Herek trouxe Cruella de Vil à vida em 1996, com Glenn Close no papel em “101 Dálmatas – Desta Vez a Magia É Real”, provavelmente não anteviu que estava a iniciar uma tendência de remakes em live-action e spin-offs dos clássicos de animação do catálogo da Disney.

A ideia foi lançada ao mar como uma mensagem numa garrafa, mas levou quase duas décadas para ser encontrada, finalmente sendo decifrada com o estrondoso sucesso de bilheteira de “Alice no País das Maravilhas” (2010), realizado por Tim Burton.

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Quatro anos depois, outro tesouro foi revelado com “Maléfica” (2014), de Robert Stromberg. Foi então que o estúdio do rato mais famoso do mundo percebeu que havia encontrado uma fonte aparentemente inesgotável de tesouros com esta fórmula.

Depois disso, entre sucessos, fracassos e algumas tentativas menos memoráveis, quase anualmente passamos a ser presenteados com a ressurreição de clássicos, materializando-se de forma tangível fora do ecrã.

Entre esses renascimentos, encontram-se: “Cinderela” (2015), de Kenneth Branagh; “O Livro da Selva” (2016), de Jon Favreau; “A Bela e o Monstro” (2017), pelas mãos de Bill Condon; “Christopher Robin” (2018), conduzido por Marc Forster; “Dumbo” (2019), trazido por Tim Burton; “Aladdin” (2019), de Guy Ritchie; “O Rei Leão” (2019), de Jon Favreau; “Cruella” (2021), de Craig Gillespie; e “A Pequena Sereia” (2023), de Rob Marshall.

E não ficou por aí. Com a ascensão do Disney Plus, a empresa necessitava de um fluxo constante de novos conteúdos para manter os subscritores satisfeitos. Foi nesse contexto que a Disney decidiu apostar ainda mais nesta fórmula, lançando novas versões de “A Dama e o Vagabundo” (2019), “Mulan” (2020), “Pinóquio” (2022) e “Peter Pan” (2023), embora algumas não tenham alcançado o sucesso esperado.

Com essa avalanche de live-actions de clássicos, sempre surge a pergunta: quando será a vez da Pixar? De vez em quando, nas redes sociais, alguns internautas brincam com a possibilidade de um live-action de filmes como “Monstros e Companhia” (2001) e “Ratatui” (2007).

Mas, pense só, como seria isso? Como trazer à vida a história de um rato falante que é cozinheiro em Paris? Nem se atreva a imaginar, meu amigo!

Recentemente, em uma entrevista concedida a Eliana Dockterman, da Time, Pete Docter, diretor criativo da Pixar Animation Studios, deixou claro que, por enquanto, a ideia de refazer clássicos em live-action está completamente fora de cogitação.

Sobre a possibilidade de um live-action, Docter declarou:

 “Gosto de fazer filmes que sejam originais e únicos. Para refazê-lo, não é muito interessante para mim pessoalmente.”

Quanto ao clássico de Brad Bird, indicado aos Óscares, ele refletiu que adaptar um filme live-action sobre um rato “seria desafiante” e acrescentou: “Muito do que criámos só funciona devido às regras do mundo [animado]”.